O PORVIR, RAZÃO E VIVÊNCIA

 Fundado em 1 de Julho de 1923, com aprovação na Assembleia Geral de 15 de Setembro de 1925, O PORVIR DA FAMÍLIA TELÉGRAFO-POSTAL é fundamentalmente uma associação de socorros mútuos vocacionada para a lutuosa

 

 A sua finalidade social é a de assegurar um subsídio às famílias dos sócios falecidos ou a qualquer outra pessoa livremente indicada pelo associado. A indicação, sempre escrita, poderá ser feita em impresso(declaração) ou simples carta devendo, todavia, a assinatura ser reconhecida por qualquer um dos meios oficiais.

 

 Foi criado em momento social crítico, com carências económicas de várias espécies, entre elas a da falta de previdência e segurança sociais, crises politicas constantes, etc.  O Porvir foi idealizado por um grupo de funcionários dos Correios e Telégrafos, com destaque para o protagonismo do Dr. José Magalhães e Meneses, 3.º Oficial e estudante de medicina, os quais na “arrancada” conseguiram mais de 5.000 assinaturas de adesão, sendo esses sócios considerados como os fundadores.

 

 Nos primeiros tempos o expediente era executado nas mesas de trabalho dos serviços merecendo o maior apoio das entidades superiores que sempre auxiliaram na medida do possível não sendo, certamente, por acaso que o n.º 1 da novel associação foi atribuído ao Presidente da Administração-Geral. Eng.º António Maria da Silva, mais tarde Presidente do Conselho de Ministros do Governo de Portugal.

 

 Confirmando a notável acção do Dr. Magalhães e Meneses e do Eng.º António Maria da Silva, numa das paredes das nossas instalações (sala de visitas) estão pendurados quadros com as fotografias destes ilustres fundadores.

 

 Não atinge, neste momento (2016), os 13.000 sócios mas muito perto esteve dos 20.000. A separação dos Correios da Telecom originou a saída de muitos, mais agravado, depois pela galopante escalada de aposentações que se registaram nos anos de 1993 a 1996 e 1997.

 

 Repete-se, o que se tem afirmado muitas vezes: os subsídios são, na realidade, uma espécie de seguro de vida, mas a quota é bastante inferior ao cobrado para os mesmos valores pelas sociedades seguradoras. Vale a pena apostar no Porvir não só pela segurança e rigor do serviço prestado como também pela eliminação de burocracias. O Porvir foi fundado e sempre mantido apenas pelos trabalhadores dos Correios e das Telecomunicações.

 

 É uma associação prestigiada que tem mantido existência digna ao longo de 78 anos.

 

 As campanhas que frequentemente se promovem são sempre produtivas, pois que facultam um conhecimento mais aprofundado entre os trabalhadores, em ordem a ser melhor esclarecida a acção, e finalidades do Porvir.

 

 Nem uma só vez foi recusada a entrada nos serviços, a qualquer delegado ou sócio angariador de novos sócios, antes, pelo contrário, temos recebido da parte dos respectivos dirigentes o maior estímulo e apoios.

 

 Dos cerca de 12.200 associados, mais de 10.000 estão aposentados.

 

 Presentemente há 2 modalidades de subsídio e de quotas: normais e especiais, que oferecem o seguinte quadro:

 

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 Qualquer sócio poderá transitar da quota normal para a especial desde que o requeira e não tenha atingido os 60 anos de idade, comprometendo-se a pagar retroactivos de pagamento em relação ao começo dos 40 anos.

 

Pela 1.ª vez, o Porvir ocupa casa própria, com património pago com dinheiro proveniente dos sócios e donativos dos CA dos CTT- Correios de Portugal e Portugal Telecom.

 

Da parte dos sócios mais de 4.000 ofereceram donativos, sendo aos milhares as cartas e cartões recebidos com o entusiástico apoio para se prosseguir. Foi espantosa a solidariedade recebida, e essa acção ficará registada como a razão primeira para o sucesso alcançado, sem esquecer, melhor, dando-lhe especial realce as contribuições avultadas e grande incentivo Social dos Conselhos de Administração dos Correios e da Portugal Telecom.

 

Com enorme contribuição para a sobrevivência do Porvir, referenciamos o Conviver, o grande elo de ligação e eco do entusiasmo largamente espalhado

 

Contamos convosco. Parar é morrer e queremos que o Porvir, ainda e sempre útil continue na sua obra de bem-fazer.

 

Para isso é precisa a colaboração de todos quantos, de alma e coração, sintam a vivência desta instituição e queiram ajudar à sua continuidade.

 

Uma das formas de auxiliar, é a de colaborar na angariação de novos sócios.

 

Em muitos, muitos casos, parentes nossos, também colegas de profissão, estão nos Correios e na Telecom e não são associados do Porvir.

 

Porquê?

 

Acharão que não vale a pena? Vale sempre a pena, quando a alma é grande, pois que ninguém sabe o que nos espera ou à família, amanhã…

 

E, o “amanhã”, pode até estar muito próximo.